Uma ação civil pública foi ajuizada com o objetivo de criar uma Penitenciária federal para corruptos. Uma precisa definição de ideia VAZIA. Talvez se acabássemos com a 'impunidade parlamentar' e invertêssemos a ordem das palavras, poderia haver algum sentido. Quem sabe: Penitenciária para corruptos federais? Desta forma, teríamos lotação garantida, casa cheia, assim como acontece em tantas vielas sem tratamento de esgoto... Cheias e em movimento. Melhor seria se a ampliássemos para aceitação de corruptos das esferas estadual e municipal. Colocaríamos os presos para trabalhar de verdade. Esconder dinheiro deixaria de ser a especialidade da casa.
Conheci uma velhinha que almoçava aos domingos, sempre deixando um lugar à mesa para um duende-alienígena que - segundo ela - chegaria. Me parece que a expectativa se faz igual à anunciada pelo procurador do Mato Grosso do Sul.
O povo vê o dinheiro do contribuinte ser administrado por enormes roedores cinzentos, de pêlo sujo, dentes manchados de sangue, unhas afiadas e narinas comprometidas. O pior é que, dentre esses, ainda há uma espécie de elite-roedora que julga os processos de seus pares. A cada absolvição ou arquivamento, mais um pedacinho de queijo é separado para o conforto de seus familiares.
A atuação desses roedores - de várias maneiras - amarra a movimentação da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário, fornecendo muita Muçarela e Parmesão para os abastados jantares comemorativos que espancam a cara da população.
O procurador Rockenbach, autor da ação, disse que pretende 'estudar o cérebro do corrupto'. Seria ótimo se ele homenageasse o médico Herophilos de Alexandria (Grécia 335 a.C. - 280 a.C.) e seus métodos de dissecação de órgãos. Neste caso, a profilaxia correta seria dissecar os cérebros dos corruptos que há décadas dissecam o dinheiro da merenda escolar, dos hospitais públicos, da Previdência Social, da Educação, da Segurança, da Infraestrutura...
A tentativa de construção da penitenciária, embora bem intencionada, pode liberar mais R$12 milhões para serem - também - devidamente... dissecados.
José Neto
2 comentários:
Gostei muito do texto principalmente esta parte: ".O povo vê o dinheiro do contribuinte ser administrado por enormes roedores cinzentos, de pêlo sujo, dentes manchados de sangue, unhas afiadas e narinas comprometidas. O pior é que, dentre esses, ainda há uma espécie de elite-roedora que julga os processos de seus pares. A cada absolvição ou arquivamento, mais um pedacinho de queijo é separado para o conforto de seus familiares.A atuação desses roedores - de várias maneiras - amarra a movimentação da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário, fornecendo muita Muçarela e Parmesão para os abastados jantares comemorativos que espancam a cara da população.
Muito bom, irmão. Seu texto aponta para uma evidência tão cabal que não pode deoxar de ser tocada aqui por esse humilde admirador de seus textos: se nós, aqui embaixo, temos condições de enxergar a situação desse jeito que você tão bem colocou acima, por que os que tem condições e poder de fazer coisas melhores por este País simplesmente não o fazem? Acho que a resposta já está implícita na própria pergunta, né?! Bom, deixa pra lá. No mínimo, a busca dessa resposta pode servir de mateirial para um futuro texto seu. Mais uma vez, meus parabéns pelo seu texto e muito obrigado por postá-lo.
Postar um comentário