METRÔ DE NOVA YORK

Assim que desembarquei em Nova York, fui recebido imediatamente pelo conflito entre as imagens que o mundo recebe sobre aquela cidade e o que realmente ela é.
Minha primeira experiência não foi nada positiva. Era noite e eu estava sozinho naquele sombrio metrô que faz parte das coisas curiosas da identidade local.
Depois de ter recebido as boas-vindas do mal-humorado atendente, passei minha bagagem pela roleta e peguei algumas anotações para me familiarizar com todas as linhas sobrepostas e entrelaçadas daquele transporte.
O local é extremamente sujo e feio. Na madrugada, um dos passatempos prediletos dos novaiorquinos é jogar pedaços de sanduíche nas linhas para que os ratos se exibam e se alimentem. Um nojo!
De repente vejo um grupo de nativos carregando seus colares, medalhões, botinas, bonés, calças folgadas e muita hostilidade nas frases e atitudes.
Para quem espera cordialidade, melhor levar uma pequena pedra pontiaguda para descansar a cabeça. As pessoas são geralmente agressivas e nada receptivas para qualquer situação que não seja de compra e venda.
Quando saí na estação para a qual me dirigia, me deparei com todo o glamour da neve. Vale ressaltar que esse encanto dura no máximo dois ou três dias. A cidade gasta muito para tentar conter a paralisação por conta do gelo que se mistura à sujeira das ruas, resultando numa imundícia generalizada.
Temos de reconhecer: o marketing americano é impressionantemente competente!
Estou pensando em empalhar pequenos camundongos com a inscrição "Lembrança do metrô de Nova York" para vender para o resto do mundo. O que vocês acham?
Apenas para não postar um texto longo para minha curta audiência, darei continuidade sobre a cidade em outra ocasião.
José Neto

2 comentários:

nilbbabyExclusive disse...

Gostei de tua narrativa sobre o metrô de NY, porque ela relata fielmente o impacto que sofreste na tua chegada mas, gostaria de continuasses com a história e falasses sobre as coisas maravilhosas que tem nessa cidade "de encantos mil".

André disse...

Gostei muito do seu texto.
Continue assim.