O DESABROCHAR DE UMA TORRE

120 anos após sua inauguração, no dia 31 de março de 1889, a torre mais visitada do mundo vai sofrer modificações. Construída por Gustave Eiffel (1832-1923) para comemoração do centenário da Revolução Francesa, o monumento recebe atualmente 7 milhões de turistas por ano e já foi comparada à Pirâmide de Quéops, no Egito. Entretanto, seu glamour que faz parte da identidade da cidade Luz, retribui elegância aos apaixonados visitantes, despreocupado com tais especulações. Localizada no Campo de Marte na capital francesa, hoje, está longe da disputa nervosa entre as mais altas edificações do mundo moderno, liderada pelo Burj Dubai e seus incompletos 700 metros de altura. Em 1930 já fora desbancada pelo prédio da Chrysler, de Nova York.
Além do atrativo natural criado pelos filmes, a dama de aço ainda divide com a cidade de Paris, convites cheios de promessas e inesquecíveis lembranças.
A Torre tem 321m de altura e 1652 degraus. Seu peso aproximado é de 10 mil toneladas. O intrigante é que foi feita em blocos para que pudesse ser desconstruída logo após a comemoração. Contudo, seus benefícios meteorológicos, aerodinâmicos e estéticos a tornaram um dos maiores símbolos da Europa.
Em 2009, sua terceira e mais alta plataforma panorâmica, finalmente vai receber pétalas de aço, como se a imagem desabrochasse no céu, aumentando a área de acesso ao público de 280 para 580 metros quadrados. A torre possui três andares. O primeiro a 57 metros do solo, suporta a presença de 3.000 pessoas ao mesmo tempo. O segundo andar fica a 115 metros do solo, suportando mais 1.600 pessoas, enquanto seu terceiro andar, a 276 metros acima do solo, que atualmente suporta 400 pessoas, deverá suportar mil pessoas ao mesmo tempo, após sua reforma.
Dizem que o passeio à Torre oferece uma culinária exemplar nos restaurantes localizados em seu interior, vistas espetaculares em diferenciados níveis, muitas lojas de griffe, vinhos que estão entre os melhores do mundo, além de outras possibilidades que envolvem o momento. Obviamente, quem for conferir tudo isso deve preparar-se para despender uma generosa quantia em Euros, moeda que vale mais do que o triplo da nossa. Não havendo problemas quanto a isso, bon voyage!
José Neto

Um comentário:

Anônimo disse...

Fala Neto, essa obra deverá ser mais uma demonstração dos franceses de como se ganha dinheiro investindo na beleza. Quando sobrar uns euros, nos menos ruins anos vindouros, vale um visita....

Gostaria de te sugerir uma pesquisa em I.F. Stone.
Jornalista de alto coturno nos EUA do século passado, enfrentou o establishment algumas vezes, em coberturas de eventos não muito gloriosos daquele país. É o autor do livro que estou lendo ´O julgamento de Sócrates´.

Espero que a pesquisa, se voce a fizer, valha mais que um post, principalmente para um futuro companheiro de profissão.