
Ele nasceu em Newark, no dia 16 de março de 1926, New Jersey, EUA. Entretanto, há controvérsia quanto a seu nome de registro ser Joseph ou Jerome.
Extraordinário escritor, ator, comediante, cantor, diretor, produtor, com uma história marcante, também voltada para causas beneficentes. Em apenas uma única aparição, ainda consegue arrecadar quase 70 milhões de dólares para a Associação de Distrofia Muscular dos Estados Unidos.
Descendente de judeus ortodoxos, estreou aos 5 anos de idade interagindo em skets com seu pai comediante e sua mãe pianista.
Um dos maiores nomes de todos os tempos que, merecidamente, faz parte da seleta lista dos dez melhores artistas de Hollywood, ao lado de Walt Disney. Muitos tentam provocar comparações, ensaiam suas sacadas geniais, mas estão distantes desse talento eternizado.
As pessoas choravam e riam num mesmo filme. Hoje, apenas comem pipocas, mordem bananas cristalizadas e tomam refrigerantes, assistindo aos atuais candidatos a comediantes, como Jim Carrey e tantos outros purgantes.
Em 1946, conheceu Dino Crocetti, ex-boxeador, ex-frentista, ex-crupiê que queria ser cantor e mais tarde se transformara no lendário galã Dean Martin (1917-1995). A partir de então, surgiu a dupla mais rentável do show business americano, com 16 filmes e muitas trapalhadas maravilhosas. A parceria terminou oficialmente em julho de 1956, na boate Copacabana, em Nova York. Depois de anos de separação, fato envolto em inúmeras interpretações, um amigo em comum – Frank Sinatra (1915-1998) – teve a iniciativa de promover o reencontro durante um show de TV. Foi quando, totalmente surpreso e sem saber o que dizer, superou anos de ressentimento com um largo sorriso e a frase: “Oi, Dean. Você está trabalhando?”
Ele sempre foi muito mais celebrado pela França do que pelo seu próprio país.
Foram mais de 60 filmes, programas de TV e importantes títulos, como o “Leão de Ouro” do Festival de Veneza em 1999, sem esquecer da indicação ao Nobel da Paz, pelos mais de 50 anos que angaria fundos para causas beneficentes.
Ele já foi contador de piadas em Atlantic City, professor de Steven Spielberg e George Lucas na Universidade de Cinema da Califórnia, deu nome a 750 salas de projeção, chegou a ter 24 carros e 88 smokings diferentes ao mesmo tempo. Casou-se duas vezes, tem 5 filhos biológicos e outros adotados, além de muitas histórias que ainda estão para ser reveladas.
Um de seus maiores sucessos foi o filme "O Professor Aloprado", de 1963, refilmado em 1996 com Eddie Murphy, e atual projeto para os refletores da Broadway.
Quanto ao quesito saúde, não esteve com muita sorte. Ainda nos anos 70, durante a filmagem de “Dupla em Sinuca”, ele caiu de uma grua e fraturou a coluna, trazendo conseqüências definitivas para sua carreira e muitos efeitos colaterais, incluindo depressão e obesidade.
Em 1980, morre seu pai e sua primeira esposa Patty Palmer entra com uma ação de divórcio, depois de 36 anos de casados. Em 1981, voltou a filmar “Um Trapalhão Mandando Brasa”, mas no dia da estréia sofreu um ataque cardíaco e recebeu três pontes de safena. Recuperou-se com os cuidados daquela que seria sua futura esposa, a bailarina de Vegas, Sandra Pitnick.
Em 1983 dividiu o set com Robert De Niro em “O Rei da Comédia”, entretanto, por questões políticas, não tivemos o privilégio de conferir essa produção realizada em terras francesas.
Entre 1987 e 1990, imprimiu sua brilhante e pouco explorada carga dramática no seriado americano Wiseguy, conhecido no Brasil com o título de “O Homem da Máfia”.
Em 1992 descobriu um câncer de próstata antes de quase morrer de meningite em 1999. Infelizmente, suas maiores batalhas são contra o implacável tempo. Atualmente, ele sofre com dores crônicas nas costas, diabetes, uma fibrose pulmonar descoberta em 2001 e problemas causados pelas altas doses de esteróides.
Contudo, não quero terminar minhas palavras com a parte triste da vida desse ídolo planetário que tantas vezes iluminou minha “Sessão da Tarde”. Sua arte e comicidade fazem emergir sentimentos quase extintos. Ele conseguia espelhar a pureza do espectador que, por sua vez, identificado, torcia muito para que sua personagem conseguisse um final feliz.
Sinto por não ter tido a raríssima oportunidade de assistir a seus shows nos cassinos de Vegas, habitat do artista, enquanto showman. Se alguém for - para sempre - alegrar a humanidade, esse será o inesquecível Jerry Lewis.
José Neto
4 comentários:
Meus Deussssssssss!
Nunca imaginei quem seria "Joseph Levitch".
Realmente é um genio em tudo que fez e faz.
Parabéns,fiquei conhecendo mais esse mito que também fez parte de minha vida.
Neto, adorei saber mais sobre esse grande artista e que tanto me fez rir.
A propósito: Seu blog é o máximo, adoro!
Saudades de vc.
Beijão amigo do coração.
Ah! Tambem amo "Vinícius de Moraes", gostei da postagem.
Excelente texto, Pandorgga!
Obrigado pelas informações.
Muito bom, não sabia o seu nome real. Realmente um artista espetacular. Não sabia tb desse lado filantrópico. Que horror esse desfilar de doenças.
Que ele seja poupado.
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