
Antigamente, criavam generosas escrituras de terras e as colocavam dentro de uma caixa com nossos amigos insetos que, habitando aquele ambiente sem alimentos e sem a mínima liberdade para necessidades fisiológicas, começavam a roer e a marcar os documentos, fornecendo aparência antiga e verossímil. Devido a este importante auxílio, a "altruísta" técnica passou a se chamar de "Grilagem": apropriação indevida de terras, através de documentos forjados. O pior não é que os políticos queiram transferir a culpa para os pobres e trabalhadores grilos, mas, sim, os juízes acreditarem nisso.
Sem querer me estender muito para não perder o bom humor com mais informações, na CPI da Grilagem, feita pelo Governo Federal, foi constatado 100 milhões de hectares de terra envolvidos com tais insetos. Aliás, com tais políticos que saltam sem fazer barulho. Mas, o Governo está se empenhando nas ramificações deste assunto, que são: ampliação de bens, venda ilegal de madeira, especulação imobiliária, morte, apropriação de terras com recursos naturais adequados ao biocombustível, lavagem de dinheiro etc. Soube que estão providenciando coletes do INCRA com a inscrição MP-422 para uso obrigatório de todos os grilos da função. Se forem criar um monumento no Planalto para lembrar do assunto, sugiro um painel de fotografias, onde a foto inaugural pode ser a do saudoso Chico Mendes (1944-1988).
José Neto
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