
Não temos como falar de Ideologia sem mencionar a questão das reviravoltas políticas, dos acertos e desacertos dos nossos pseudo-condutores que, a cada dia, divulgam notas ou opiniões absolutamente contrárias das que eles mesmos haviam feito há pouquíssimo tempo.
O grande ponto de atenção é saber usar todos os artifícios literários e públicos para não cairmos nos alçapões espalhados.
O importante é manter os olhos e ouvidos em diferenciados meios de comunicação, utilizando ferramentas comparativas para cada conteúdo e sempre guardando espaço intelectual para a possibilidade de nova e inusitada sentença, em relação a qualquer assunto.
As frases ideológicas me fazem lembrar os líderes que declaram guerra em nome da paz. Pior do que isso é saber que pessoas como eu e você acreditamos nesse emaranhado de confabulações, supostamente de sucesso, para estabelecer a vontade da minoria. Sabemos que o discurso político é (aliás, sempre foi) uma eficaz tática para instaurar, falsa e verbalmente, a idéia de preocupação com a igualdade social. Vejamos a grande farsa de que participamos como coadjuvantes pagantes.
Quem está desfrutando das riquezas fornecidas por quem? Claro que eles não podem abrir mão da Ideologia. Nunca. Criarão mais reuniões, mais CPIs, mais estratégias para combinar o quê irão dizer e de que forma iremos ficar comovidos com tantos feitos a favor da população.
Quando o povo não tem memória, nem escolaridade, as Eleições tornam-se qualquer coisa que a cúpula queira. Basta que o pacote de interesses seja combinado e bem dividido, entre eles. Nem acredito em alternância de poder, porque alguns estão lucrando sempre e cada vez mais; enquanto os pobres são continuamente lesados de seus teóricos direitos constitucionais.
A Democracia ideal seria um regime político mais justo, manifestada no processo eleitoral, na rotatividade consciente de governantes e na aplicação real de soluções – não políticas – para a infinidade de problemas. Mas, favores, paternalismo, mimos, nepotismo, loteiam a indústria risonha e política que transforma eleitores em consumidores.
A sociedade brasileira deseja um político "salvador da nação", enviado por Deus e confirmado pelo voto da maioria que pede para ser enganada, iludida, saqueada, ludibriada e, posteriormente, encontra-se atendida.
O conflito de interesses é posto pela exploração de uma classe social sobre as outras, mesmo quando nossa protagonista “Ideologia” tenta afirmar que todos nós somos livres e iguais.
José Neto
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